de vez em quando parece que some o som do outro. eu fico olhando para boca que mexe na minha frente e penso quantas voltas a língua não teve que dar para completar o pensamento que eu já tinha perdido na metade quando decidi pensar por quantos minutos mais a saliva que fugiu vai viajar pelo espaço. quando volto a me concentrar no que diz o outro de conteúdo exclusivo para minhas sobrancelhas que sempre dançam em resposta: já não há mais como esconder por onde andei nos últimos segundos. os que notam e não se importam talvez não saibam que minha risada é a vontade de voltar no tempo. os que notam e se importam parecem pedir explicação do que não tenho. entender o que eu não entendo. aí tornam-se melhores amigas a mentira e a vergonha. nesse momento eu imagino o ego numa espreguiçadeira. ao telefone rabisco a folha com estrelas e asteriscos e corações e repetidas vezes o meu nome inteiro e enquanto a voz do outro faz cócegas em minhas orelhas eu penso que gostaria de saber que movimentos fariam a mão do outro que me entrega os pensamentos. penso que é muito bom amar a respiração do outro enquanto elabora a próxima vez que vai usar da garganta para confiar-te o cérebro e suas ideias mais infantis;. sendo os números personalidades ou pessoas; sendo pequenas pessoas trabalhadoras os agentes dos cérebros; os smurfs ou algo tipo teletubbies ajudando a digestão empurrando a comida pelo sistema digestivo como bolas de neve. me apaixono por companhias que passeiam pelo que se esconde intimamente na gaveta dos achismos absurdos. mas de vez em quando parece que some o som do outro. eu fico olhando para o balanço da perna que participa empolgada ou a janela do vizinho e o que pensaria ele se estivesse ouvindo o que conversamos. quem é ele. acordou que horas. quando me coloco de volta me sinto tão pequena. quando nas aulas de matemática que eu anotava no meu caderno todos os minutos que faltavam para acabar a tortura visual que é um quadro de geometria. só que dói muito mais. pois dessa vez soava interessante; como a caligrafia de todas as professoras de português. por que. para onde vão me levar as distrações. sinto tanta raiva. sinto também vontade de pedir desculpas antes de iniciar qualquer diálogo de imersões descontraídas e aleatórias. atenção: eu perco a atenção no caos da produção das ideias nada a ver. mas eu volto. se a você não importar a reprodução das palavras anteriores vou adorar te levar para conhecer o que teve depois da porta que abriu com a sua chave.
gênia
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meu deus eu sou exatamente assim nalü, me dá uma abraço aqui pois eu sei o quanto é ruim esse sentimento de viajar para outra dimensão.
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