na cadeira ou espelho
era grande-gigante
e muito muito cheia
do afeto que afirma
ser ruim porque é
e ainda sim
a amo
chama as gentes
de pequenas pessoinhas
porque é dona das questões
em propriedades articuladas
na ponta dos dedos críticos
da solidão coberta com
retalhos de mudas e farpas
da gaveta e vômito
eu a sinto nas cicatrizes cítricas
frescas e greco-teatrais
e no suco inteiro azedo que
era extraordinariamente mal bebido
pelas pessoas que com certeza a queriam
bem menos bem que eu
e outras tragédias
como é ruim sentar no banco
da praça quase vazia que é a confiança
e ter de companhia apenas pombos
que odeio mais do que a ela
que na verdade não odeio
nenhum pouco
de vez em nunca
procuro por motivos
para fingir que quando
esquento o corpo
é de tristeza
puta que pariu nalü, vc maltrata meu coração e eu até agradeço pq olha q lindo
LikeLike